4.10.13

ENTRE FERAS
“Então o rei ordenou que trouxessem a Daniel, e o lançaram na cova dos leões. E, falando o rei, disse a Daniel: O teu Deus, a quem tu continuamente serves, ele te livrará.”                                                                                          (Dn. 6:16)

            Daniel é o caso típico de fidelidade e lealdade independente do que esteja vivendo. Ele mantinha um tempo de oração todos os dias e oração era uma atitude regular três vezes ao dia em sua vida. Não o fazia para ser visto, mas oração, para Daniel era seu meio de subsistência. Para algumas pessoas, oração é como o oxigênio: se faltar, a pessoa morre.
            O porquê da perseguição. Não havia motivos para justificar a perseguição que Daniel estava sofrendo. Ele era o mais fiel de todos que haviam na Babilônia, aliás, se destacou entre os 120 governadores, querendo o rei Dario constituí-lo presidente entre os 120 governadores. Ele era um dos três que mais se destacou no reino. Logo, só uma decisão política para ‘fazer definhar’ tão grande homem. Ali Daniel já se encontrava ‘entre feras’. Os governadores puseram as feras que estavam escondidas em cada um para tentar intimidar aquele moço de Deus. A convivência com as feras, assim como sua vida de oração era diária. Daniel só soube que havia uma lei assinada e que, “quando soube,... entrou em sua casa (ora, havia no seu quarto janelas da banda de Jerusalém), e três vezes no dia se punha de joelhos, e orava, e dava graças, diante do seu Deus, como também antes costuma fazer.”
            A pressão das feras. Em nenhum momento Daniel se intimidou com a pressão sofrida. Após ser pressionado pelos governadores que queriam a sua destruição, teve que cumprir a lei editada e foi lançado dentro da cova dos leões. Assim seria sacramentada a vontade daqueles que odiavam Daniel, mas, quando estavam juntos ficavam dando tapinhas nas costas de Daniel e aqueles sorrisinhos falsos. Feras hipócritas! Que recompensa tereis?
            A convivência entre as feras. Daniel mantinha um bom relacionamento com as pessoas, mas sabia das feras que estavam dentro da cova e que a qualquer momento poderiam colocar suas garras de fora. Imagine as feras furiosas, cheias de amargor, sentimento de vingança, querendo uma oportunidade para encravar suas garras envenenadas na vida daquele homem. Para Daniel, isso não fazia o menor sentido e nenhuma diferença no seu dia-a-dia, pois a preocupação dele era servir a Deus. Ele não carregava a preocupação de saber o que queriam fazer ou deixar de fazer com ele. Era um moço livre, de coração com batidas cardíacas normais, sem algum peso em sua consciência, afinal, livre mesmo!
          
Que lições tiramos de uma vida entre feras?
1) Que as feras existem e estão ali, bem ao lado, dentro da cova de pessoas carregadas de tudo que é possível existir dentro de uma cova;
2) Que aqueles que servem a Deus nunca serão devorados pelas feras, todavia, sabem que o fato de servir a Deus não os isenta de serem pressionados, ameaçados e até lançados na cova entre as feras;
3) Que hoje você pode entrar no meio das feras debaixo das palavras do rei Dario: “O teu Deus, a quem tu continuamente serves, ele te livrará.”

23.9.13

A glória de Deus

A glória de Deus


 Ezequiel 43:1-9

Eis que do caminho do oriente vinha a glória do Deus de Israel; E a sua voz era como um ruído de muitas águas, e a terra resplandeceu por cauda de sua glória”.


A glória de Deus era a manifestação visível de sua presença entre seu povo. Algumas vezes era acompanhada de fenômenos físicos e sempre trazia muito temor. Moisés afirmou que a manifestação da glória do Senhor era como um fogo consumidor, Ex. 24:17.

Assim como o Espírito Santo é a presença de Deus conosco, a expressão glória do Senhor no Antigo Testamento significa a presença permanente de Deus entre seu povo.

I - SUA ORIGEM

Depois das referências à glória de Deus no período do Êxodo, ou quando Salomão consagrou o templo, II Crôn. 7, ou ainda por ocasião do chamado de Isaias, o assunto novamente aparece em Ezequiel 43. O templo está derribado, todavia, na visão do profeta, foi reerguido. Ezequiel está fisicamente na Babilônia, mas, em espírito, na cidade santa. Em visões “me levou a porta, a porta que olha para o caminho do oriente...” vs. 1e 2.

Essa descrição foi feita por Ezequiel “no ano vinte e cinco do cativeiro, dia dez, catorze anos depois que Jerusalém foi ferida”, 40: 1. A imundice religiosa praticada pelo povo havia feito Jeová sair pela mesma porta pela qual agora Ele iria entrar, 10: 19. Os querubins aparecem à porta do oriente, a glória do Senhor se põe sobre eles no alto e eles levam a glória embora. Mas agora, o profeta vê e diz: “Eis que a gloria do Deus de Israel Vinha”.

a) Do caminho do oriente, 43:2. Naturalmente o caminho por onde a glória havia saído. Precisamos igualmente desejar que essa glória esteja sobre nossas vidas;

b) Como a voz de muitas águas, v. 2. Essa era a maneira de Deus falar com autoridade e através de muitos meios, Hb. 1: 1. A voz de Deus não deve ser discutida ou questionada, mas ouvida, Gn. 3:8-10;

c) A terra resplandeceu por causa da sua gloria, v.2. Muitas perguntas serão esclarecidas e muitas necessidades que estão sem provimento serão atendidas quando a gloria de Deus resplandecer.

II - SEUS OBJETIVOS

Ao manifestar sua glória, Deus tinha objetivos específicos que Ezequiel entende com clareza:

a) Produzir temor, 43: 3. “E me prostrarei com o rosto em terra”. Um dos objetivos claros manifestos por Jeová era a produção do temor. De nada valeriam todas aquelas manifestações, se não houvesse temor, respeito, reverencia. Quando Ezequiel viu a gloria entrando no templo “caiu sobre o rosto”.

b) Encher p templo, v. 5. “...E eis que a glória do Senhor encheu o templo”. Com a entrada da glória do Senhor acabou o vazio. Templo vazio, só a glória do Senhor será capaz de enche-lo! Somos o templo do Espírito.

c) Morar no templo, v. 7. “Este é o lugar do meu trono, o lugar das plantas dos meus pés, onde habitarei no meio dos filhos de Israel para sempre”. Como estava o povo entrando e se comportando no templo nos dias de Ezequiel? Certamente que com pouco respeito, Ec. 5: 1. O templo é a habitação continua de Jeová. Ele está no templo, onde se manifesta, e quer que todos, ao se reunirem para o culto, saibam que Jeová tomou posse do “lugar das plantas dos meus pés”.

d) Eliminar as contaminações, v. 9. Eram elas:

+ as prostituições - No antigo testamento, todo culto idólatra era chamado de prostituição, 43:7;

+ os cadáveres dos seus reis - Preservavam embalsamados os corpos dos homens que haviam pecado fortemente contra o Senhor e foram enterrados no templo, v.7;

+ nos altos - eram os lugares onde praticavam seus cultos e com eles toda sorte de coisas detestáveis.

Só a glória de Deus seria capaz de produzir uma mudança completa de vida. Há muitos que não conseguem mudar de vida porque não tiveram uma experiência com a glória de Deus e nem sabem para que ela existe.
 III - SEU RESULTADO

Entre as muitas maneiras como a glória de Deus foi manifestada, devemos relembrar a expressão “para sempre”, do v. 9. Isso nos leva a entender que Deus desejava a presença permanente da sua glória no meio do povo e não momentâneamente. A glória não faria uma visitação só nas horas de culto como ao estilo antigo, quando Salomão inaugurou o templo, mas o desejo de Deus era que os ministrantes do templo propiciassem condições para que a gloria (entendida como a presença de Deus) ficasse permanentemente com eles.

APLICAÇÃO

A glória de Deus (Shekiná) que se manifestou entre os Hebreus igualmente hoje se manifesta no meio da igreja.

Deus era visível por meio de uma nuvem de dia, Êx.13:21 e de uma coluna de fogo a noite. Igualmente no meio da igreja, Jesus é a “glória que habita” entre nós, Jo. 1:14. Hoje esta glória está presente conosco, falando, agindo, transformando vidas. O próprio Jesus está sempre no “meio” da igreja, Ap. 1:13 e 20 , e não só no momento da Santa Ceia. Ele revela a “glória” de Deus para os homens.

Todos podemos sentir a presença manifesta do Senhor em nossos corações , corpo e em toda nossa vida. Vivemos não debaixo da nuvem, mas da graça de Jesus. “E todos nos recebemos da sua plenitude, e graça por graça”, Jo. 1: 16.


18.9.13

O Chamado e a Mensagem dos Profetas

O Chamado e a Mensagem dos Profetas

“Agora, pois, perdoa o seu pecado, se não risca-me, peço-te, do teu livro, que tens escrito”,
Ex. 2:32.
   
Vamos ver um pouco mais sobre o oficio profético. Enquanto o sacerdote limitava suas funções ao culto, o profeta era mais envolvido com o povo, como um pregador a quem Deus revelava a sua vontade e o incumbia de proclamá-la. E isso não era uma tarefa simples nem fácil.
Alguns textos que nos ajudarão a compreender a função desses homens, analisando como viviam, com quem se relacionavam e como o povo recebia a mensagem profética.

I - O profeta, um homem de Deus

A profecia do antigo Testamento recebeu sua forma normativa na vida e na pessoa de Moisés, que passou a construir padrão de comparação para todos os profetas futuros, Dt. 18:15-19. Cada característica do verdadeiro profeta pode ser encontrada em Moisés. Ele não se apresentava como profeta, mas tinha o timbre característico do oficio. Recebera uma chamada especifica e pessoal da parte de Deus. Com isso concluímos:

          A) A chamada é de Deus. O verdadeiro profeta não arroga para si o oficio, Jr. 14:14 e 23 :21. A iniciativa da chamada depende unicamente de Deus, Ex. 3:1; Is 6:1-8 e Os. 1:2.

          B) A presença é de Deus.  Tamanha era a responsabilidade do profeta que não poderia transmitir nenhuma mensagem sem a presença de Deus em sua vida. Moisés chegou a dizer a Deus que, sem a companhia d’Ele não sairia de onde estava; Ex.33:14,15. A presença de Deus é vital para a manutenção do oficio ou do dom profético.

          C) A inspiração é de Deus. Como é que o profeta recebia a mensagem que deveria transmitir aos seus semelhantes? Deus falava com o profeta, revelando a ele a  sua vontade; fazia o profeta sentir oque desejava que fosse comunicado ao povo, Is. 6:9. Por varias vezes aparece a expressão: “veio a palavra do Senhor...’, Jr. 1:2,11,13. Isso se chama inspiração II Pe 1:21.

                                                           II – O profeta e seu povo

          A) Um povo longe de Deus. Infelizmente, nem sempre a vida do povo tinha o mesmo nível espiritual do profeta. Estava sempre abaixo do desejado. Viviam á mercê do descuido, da falta de zelo espiritual e envolvido em toda espécie de procedimentos abomináveis. Praticavam os mais variados pecados e não sentiam a vontade de Deus em suas vidas Is. 1:3-9.

          B) “Ouviam e não entendiam”. Talvez a maior dificuldade do profeta fosse exatamente essa: conviver com o chamado “povo de Deus” e não poder levar as pessoas a aceitar a revelação da vontade de Deus por causa da teimosia, da obstinação, Is 6:9-11. Era um monoteísmo, porém, sem Deus, tinha religião, mas não o Senhor da religião.

          C) Uma vida sem ética. Seus procedimentos estavam baseados nos prazeres do momento. Rejeitavam a vóz profética. Havia um abandono completo da prática do religioso; Ez.6. Haviam perdido os princípios ensinados pela lei e deixado de lado a ética, Ez . 11:6 e Is . 24;20; viviam pra si, Ez. 43:10, egoisticamente.
          Era nesse meio que os profetas deveriam implantar um novo padrão  e desenvolver  sua vocação, Ez.43:10.
                                               III - O profeta e sua mensagem

O profeta precisava pregar não só com palavras, mas por que vezes também com atos. Viver o que pregava e pregar o que vivia era o que dava autoridade á sua palavra. Era próprio do profeta ter uma vida condizente com a mensagem. Vejamos alguns exemplos:

          A) O profeta Isaias andou três anos despido e descalço, 20:3. Não era nudez completa, é claro; Ele tirou sua capa, que era um traje honroso, e passou a usar apenas a túnica. Deus queria fazer uso daquela experiência para ser por sinal e prodígio na vida de outros povos, como os egípcios e etíopes, por exemplo. E, se Isaias não aceitasse viver daquele modo, estaria obedecendo a Deus? O profeta precisava estar à disposição de Deus para ser usado, para aplicar a mensagem ou demonstrar cada ensino conforme a vontade do Senhor.

          B) O profeta Jeremias também viveu algumas experiências semelhantes. Certa vez mandou que comprasse uma botija e a levasse consigo; e que conduzisse alguns anciãos até um vale onde ele iria falar com o profeta. 19:1-2. Esse ofício era para Jeremias sua vida. E para se fazer entender, pregava com a vida e com atos.

          C) O profeta Ezequiel, 12:1-5, experimentou com a própria vida a dura realidade do oficio profético. Teve que profetizar esforçando-se para levar o povo a enxergar o que Deus queria dizer: isso não foi fácil. Denunciou os erros e apresentou as conseqüências, mas também deu exemplo com a própria vida, mostrando o que Deus faria com o povo.

                                                           APLICAÇÃO
          Os profetas mantinham um relacionamento sadio com Deus e não se distanciavam dos problemas da nação. Eles viviam para o oficio e, ao mesmo tempo, sentiam a situação em que o povo achava. Mesmo que o povo não estivesse bem, o profeta deveria estar. O profeta pregava a verdade, objetivando mudança de vida, mas cabia a cada um a decisão de aceitar a vontade de Deus. A bíblia é a revelação completa de Deus e os cristãos devem ser a voz profética de Deus na terra para anunciar as virtudes daquele que nos chamou das trevas para a sua maravilhosa luz, I Pe. 2:9.


O livro de Daniel

O profeta Daniel

     Daniel 6:1-5

“Então os príncipes e os presidentes procuravam achar ocasião contra Daniel a respeito do reino; mas não podiam achar ocasião ou culpa alguma; por que ele era fiel e não  se achava nele nenhum vicio ou culpa”,  Dan.6:4


O profeta Daniel e seu livro é o tema que vamos analisar; seu caráter de Daniel e seu comportamento como profeta de Deus numa terra estranha, suas revelações profundas acerca do presente, passado e futuro da nação que juntamente com ele estava cativa.

I - QUEM ERA O PROFETA
Daniel foi um jovem que possuía um coração voltado para as coisas de Deus e o conhecia pessoalmente, por experiência própria. Aprendeu que Deus revela os mistérios, cuida do seu povo e exerce seu poder extraordinário em qualquer nação, mesmo fora de Jerusalém. Daniel aprendeu que Deus livra dos inimigos, fecha a boca dos leões e, em qualquer situação, Ele está presente.

O que sabemos sobre a vida de Daniel é só o que está registrado no seu livro. Recebeu de Deus inteligência e conhecimento em toda cultura e sabedoria , 1:17. Antes era um cativo comum mas, por ser de linhagem nobre, foi escolhido, por ordem do rei para prestar serviços no palácio, 1:4 e 6. Daniel destaca-se pela sua sabedoria, 1:17 e especialmente ao interpretar o sonho do rei Nabucodonosor, 2:48. Com ele estavam Hananias, Misael e Azarias.

A vida e ministério do profeta Daniel transcorreram em meio a grande transformações sociais, religiosas e políticas. Daniel foi levado para a Babilônia com o primeiro grupo de cativos, por ocasião da primeira tentativa de Nabucodonosor de tomar Jerusalém, em 597 a. C.

II - SUAS QUALIDADES
O Profeta Daniel tinha um procedimento integro que realçava seu caráter como servo de Deus, demonstrado em seu relacionamento tanto com os colegas judeus como com os babilônios. Vejamos:

a) bom relacionamento: “... Nele havia um espírito excelente...”, 6:3. Daniel se distinguiu dos demais príncipes e presidentes por causa desse espírito de sabedoria. Daniel fora capaz de interpretar sonhos, explicar enigmas resolver duvidas, 5:12. Chegava ao ponto de as pessoas dizerem que Daniel tinha “o espírito dos deuses”, 5:14.

b) Boa moral: “...não podiam achar ocasião ou culpa alguma...” 6:4. Daniel era inculpável, ou seja: não deixava sequer um resquício de motivo para acusarem por mau comportamento . "Os príncipes e presidentes procuravam ocasião contra Daniel a respeito do reino, mas não podiam achar...”.Usaram então a religião de Daniel e sua fé para o condenar por rebeldia segundo as leis dos medos e dos persas, 6:5,15. Foi nessa situação que Daniel experimentou o grande livramento diante dos leões vorazes, 6:22.

c) Bom comportamento: “...e não se achava nele nenhum vicio...”; 6:4. Não sabemos quais vícios eram comuns na Babilônia, mas Daniel não se deixou escravizar. Não ter nenhum vicio fazia parte  da sua característica.

Só a glória de Deus seria capaz de produzir uma mudança completa de vida. Há muitos que não conseguem mudar de vida porque não tiveram uma experiência com a glória de Deus e nem sabem para que ela existe.

III – SEU LIVRO

Como o livro de Esdras, Daniel foi escrito parte em hebraico, 1:1-2; 4; 8:1-12; 13, e parte em aramaico, 2:4b-7. É um livro de profundas revelações, algumas sobre o reino babilônico e outras sobre Israel.

            O livro de Daniel precisa ser estudado com muito interesse e atenção, pois as visões nele apresentadas são por demais escatológicas e espirituais. Ao analisar o livro, chegamos à conclusão de que o seu escritor tinha profunda comunhão com Deus e o Pai lhe revelara seus propósitos.

III - ASPECTOS DOUTRINÁRIOS

Os aspectos doutrinários no livro de Daniel são apresentados em forma de profecia simbológica, ora referindo-se ao povo de Israel no cativeiro, ora referindo-se à queda dos reinos dominantes. Vejamos como são apresentados.

a) A visão da grande árvore, cap. 4. Essa visão foi dada a Nabucodonozor e interpretada pelo profeta Daniel. Dizia respeito ao reino de Nabucodonozor e à queda do próprio rei. A glória e o domínio babilônico se estendem por uma vasta região. Agora havia caído e a profecia se cumpriu quando Nabucodonozor ficou sete anos como animal, andando, comendo e vivendo no meio dos animais.

b) O mistério do banquete de Belsazar, cap. 5. Numa festa que Belsazar fez a mil dos seus grandes, usou os vasos que havia trazido de Jerusalém para praticar suas ações abomináveis. Naquela noite, aparece u’a mão escrevendo na parede uma frase desconhecida que deixa o rei aterrorizado. Belsazar queria saber o significado daquelas palavras. Daniel dá a interpretação como Deus lhe revelara. Era uma sentença de condenação e morte. “...pesado foste na balança e foste achado em falta”. Cada visão traz uma mensagem que propõe mudança de vida. Tivessem os reis e os homens da nação um pouco de sensibilidade, mudando seus hábitos pecaminosos, e as advertências não se cumpririam.

c) A visão de um carneiro e um bode, cap. 8. Fala da queda de dois reinos fortíssimos: os da Média e Pérsia. Aparece também neste capítulo uma referencia claríssima ao anticristo, 8:23-25.

d) As setenta semanas, cap. 9:25-27. Novamente refere-se ao fim dos tempos e também faz outra referencia ao assolador, 9:27. Faz alusão ao arrebatamento da Igreja, à grande tribulação e às bodas do Cordeiro.

APLICAÇÃO: - O livro de Daniel é repleto de mistérios que o próprio Deus revelou e se encarregou de dar as interpretações. Daniel não parece em nada temeroso e nem preocupado com tão grandes revelações proféticas, mas vive uma vida de oração para que sua comunhão não seja quebrada. Mostrava profunda confiança em Deus. Que a vida de Daniel imprima em nós o desejo de vivermos na mesma comunhão!


2.9.13

Significado e importância do sermão do monte

Significado e importância do Sermão do Monte

“E Jesus, pois, vendo as multidões, subiu ao monte; e, tendo ele se assentado, aproximaram-se dele os discípulos, e ele os ensina, dizendo:”
                                               Mateus 5:1 e 2

     O evangelho de Mateus é o evangelho dos ensinos de Jesus. Nesse evangelho tem sermões, milagres, curas, ensinos sobre conduta, comportamento, final dos tempos e outros. É um evangelho repleto de princípios que o Senhor Jesus deixou para termos vida espiritual abundante e relacionamentos saudáveis.
     Sermão da Montanha é o titulo comumente dado aos ensinamentos de Jesus registrados em      Mateus 5 até 7. Se esse nome pode ser apropriadamente usado para a porção um tanto paralela do evangelho de Lucas (6:20-49) depende da interpretação acerca da relação literária entre as duas passagens. Esse último trecho é frequentemente designado de Sermão da Planície por que teria sido proferido num lugar plano (Lc. 6:17), e não no ‘monte’ (Mt. 5:1). Porém, ambas expressões provavelmente denotam o mesmo lugar, accessível por dois caminhos diferentes.
     Alguns comentaristas referem-se ao sermão do monte como aquele esboço original de cristianismo essencial. Se isso for interpretado como significando que o sermão do monte é a mensagem cristã para todos os tempos, então, os nossos dias têm um padrão muito elevado de conduta a ser seguido.
     Martin Lloyd Jones, referindo-se aos ensinos de Jesus no sermão do monte, disse: O que a Igreja mais necessita não é organizar campanhas de evangelização, a fim de atrair as pessoas que ainda estão do lado de fora, mas começar, ela mesma, a viver a vida cristã.
     Olhando para os ensinos de Jesus no sermão do monte vamos analisar a importância desses ensinos, as pessoas que o ouviram e os objetivos de Jesus ao proferir tais ensinos.

I - A importância do Sermão da Montanha
     O sermão do monte deve ser analisado como um todo, antes de entrarmos nos detalhes, pois se isso não for observado corremos o perigo constante de perdermos de vista o bosque por causa da árvore, ou o todo por causa do particular. Nenhum ensinamento em particular, ou versículo do sermão deve ser analisado sem que o sermão todo também o seja. Os ensinamentos abrangem diversas áreas do comportamento humano, senão todas e falam de como deve ser nosso relacionamento com Deus, com o próximo e consigo mesmo.
     a) Como ensino superior. 5:1 Jesus, pois, vendo as multidões, subiu ao monte; e, tendo ele se assentado, aproximaram-se os seus discípulos. O nível moral, espiritual e de conduta nos ensinos de Jesus no monte estava um pouco acima. Ele mostrou que é possível ter atitudes mais elevadas, ter um nível superior. O fato de Jesus ter subido ao monte não foi uma casualidade, mas um exemplo de que, tanto os ensinos como as atitudes devem ser mais elevadas, sublimes, do alto. Jesus sobe ao monte e começa a ensinar de lá, dando lições que as pessoas teriam condições de viver. Eram lições de nível superior, pois nenhum mestre tinha tamanha habilidade e ninguém jamais falou como ele. Jesus elevou o nível dos ensinamentos de sua época fazendo fecunda a pedagogia de então que não passava de discursos e retóricas vazias e sem prática. A superioridade estava no conteúdo e na facilidade de praticar tão profundos ensinamentos.
     b) Para produzir mudança. 5:2 E abrindo a sua boca os ensinava, dizendo... Aqueles ensinamentos produziam mudanças rápidas e duradouras nas vidas das pessoas que os ouviam. Quando Jesus abria sua boca para ensinar, o fazia com muita sabedoria; e trazia lições profundas em poucas palavras. Suas palavras eram sábias e levavam seus ouvintes a tomar atitudes, decisões de mudança. Como mestre, Jesus sabia ensinar de tal modo que falava com autoridade. Sempre lançava mão da lei para explicar que seus ensinamentos eram mais exigentes do que a própria lei. Quando dizia: ouviste o que foi dito... Ele mesmo respondia: Eu, porém, vos digo... O que Jesus queria ensinar era um novo proceder e conseguiu fazê-lo com grande eficiência e de maneira prática. Era um ensino com resultado produzido na escola ao ar livre, ensinando as lições pra vida e as lições eternas.
     c) Para os dias de Jesus. Consideremos a qualidade do ensino que há no sermão do monte, bem como os padrões morais elevados que ali estão patentes. Versículos como Mt. 5:48: Portanto, sede vós perfeitos como perfeito é o vosso Pai celeste, por muito tempo tem perturbado os homens. Parte da resposta jaz no fato que não se trata aqui de ‘novas leis’, mas antes, de princípios estabelecidos em termos de ação. Caem dentro da vida prática das pessoas, que sempre eram mais profundas e exigiam mais do que a mera letra da lei. E expressavam a ética da nova dispensação, designada para aqueles que participam de seu novo poder.
     d) Como código de ética. Quer seja o sermão do monte como o sumário de um discurso verdadeiro, ou como um mosaico de declarações éticas postas em ordem por Mateus, pouca dúvida pode haver que Mt. 5 a 7 possui autêntica unidade assinalada pelo desenvolvimento lógico de um tema básico. Esse tema é apresentando nas bem-aventuranças e pode ser expresso como a qualidade e a conduta de vida no reino. A ética de Jesus é explicita em seus ensinamentos no sermão quando combate as incoerências comportamentais e expõe um novo padrão destituído daqueles costumes. Dentro do sermão do monte não existe o “jeitinho brasileiro” de querer tirar proveito de tudo. O código de ética que Jesus deixou não contém o “faça o que eu falo, mas não faça o que eu faço”.
II - Pessoas que ouviram o Sermão
     a) Discípulos. O sermão da montanha foi endereçado primariamente aos discípulos. Esse é o sentido tanto de MT 5:1,2 como de Lc 6:20. O uso que Lucas faz da segunda pessoa, nas bem–aventuranças, ao dizer: “vós sois o sal da terra” (Mt 5:13), e a ética exaltada do sermão como um todo, pode significar apenas que o mesmo foi designado para ensinar aqueles que haviam abandonado o paganismo para abraçar a vida no reino. Não obstante, no fim de cada relato ( Mt 7:28,29 e Lc. 7:1 ) aprendemos que havia outros presentes também; pelo que a solução parece ser que a multidão também estava presente e ouviu Jesus enquanto ensinava, mas que o próprio discurso foi dirigido primeiramente para o circulo dos discípulos. Declarações ocasionais, tais como os ais de Lc. 6:24-26, a não ser que se tratem de artifícios retóricos, parecem que só foram ouvidos secundariamente por aqueles que porventura estivessem escutando e precisassem de tal admoestação.
     b) Pessoas não regeneradas. No meio da multidão havia diversas pessoas, inclusive algumas com profunda experiência espiritual e outras que nem sequer conheciam a Deus. Era um misto de pessoas religiosas, de pessoas curiosas, de pessoas piedosas, de pessoas sem nenhuma piedade, enfim, naquela multidão os grupos eram distintos. Jesus falava pra todos igualmente, sem fazer distinção nem acepção. Jesus trabalhava com esse sentimento: todos merecem pelo menos uma oportunidade.
            Embora estivessem presentes naquela reunião muitas pessoas que não tinham experiência de salvação, Jesus ensinou muitos princípios que são úteis para todas as pessoas. Jesus não discute no sermão se a pessoa deveria praticar seus ensinos para ser salvo, mas praticar seus ensinos para ter uma vida melhor.
     c) Pessoas apegadas à lei. Os legalistas também estavam presentes no meio da multidão e recebiam os ensinamentos de Jesus com uma certa reserva. Pessoas religiosas, praticantes dos dogmas legais entravam em choque com aqueles ensinos. Elas estavam engessadas na vida religiosa e não conseguiam quebrar o vinculo que as prendiam à lei. Receberam o ensino de seus pais e ficaram debaixo daquele fardo religioso como se aquilo fosse o grande legado que as levariam para uma vida superior.
            Vem o Senhor Jesus trazendo um ensinamento totalmente novo, livrando as pessoas do ranço imposto pela formalidade da lei, e isso provoca grande choque com os costumes da época. Jesus não é contra a lei, pelo contrario, ele a cumpre sem deixar que ela produza a legalidade na vida dele. Também não foi contra as pessoas que cumpriam a lei, mas foi contra aqueles que a defendiam e se escudavam na lei para dar vazão ao legalismo que existia dentro deles.

III - Objetivos de Jesus ao proferir o Sermão
            Depois de ser tentado por Satanás, Jesus é batizado e começa seu ministério dando ênfase aos ensinos. Em todos os momentos ele ensinava e aplicava de maneira prática tudo que podia, pois queria ver pessoas tendo seus comportamentos e temperamentos transformados. Além do poder transformador, regenerador que possui, Jesus usou ensinos para ajudar as pessoas em como ter uma vida melhor. Logo fica a pergunta: Quais eram os objetivos de Jesus ao proferir tais ensinamentos?
1)     Corrigir as distorções de entendimento.  As pessoas estavam até bem intencionadas quando praticavam sua religiosidade, mas não conseguiam praticar aquela religiosidade em suas vidas; ou destacavam o aspecto negativo da religiosidade. Quando apanharam a mulher em adultério foram logo dizendo a Jesus: A lei manda apedrejar; e tu, o que dizes? Nesse momento ficou saliente a religiosidade fria existente naqueles homens. Jesus ensinava para corrigir as distorções na maneira de entender das pessoas; ele mesmo disse: (5:16) “Assim resplandeça a vossa luz diante dos homens par vejam as vossas boas obras e glorifiquem o vosso Pai, que está nos céus”.
2)     Dar oportunidade de igualdade a todos. Quando Jesus citava a frase: Eu porem vos digo, estava dizendo que todos são iguais e que não existem alguns que são mais iguais que outros. Todos devem ter a mesma oportunidade e devem aproveitá-la. No sermão do monte foram poucos que aproveitaram, mas a oportunidade foi dada a todos. Cada vez que você ouvir um bom ensinamento, coloque-o em prática. Oportunidade é uma só!
3)     Aplicar princípios éticos. Interessante é o jeito prático de ensinar do Senhor Jesus. Encerrava cada ensino com lições evidentes de sua praticidade. Encerrou todo o sermão do monte com a historia das duas construções e de como os dois construtores firmaram suas bases. Construir sobre a areia ou cavar fundo até encontrar rocha depende do construtor; mas o principio estabelecido por Jesus no sermão é o principio da profundidade, cavar até que encontre um lugar firme, pagar o preço; eliminar toda superficialidade.
4)     Mostrar um novo tempo. Os ensinos do sermão do monte trouxeram um novo tempo. Era mesmo de se esperar que tantos ensinamentos apresentassem uma esperança para aquelas pessoas que estavam debaixo da letra morta da lei. Jesus aparece trazendo vida abundante, trazendo vida eterna, fazendo as pessoas enxergarem o brilho do sol em tempos de densas nuvens, levando as pessoas a sentirem que o “choro pode durar uma noite, mas a alegria vem pela manhã”.
IV – Outras observações no sermão
            O Sermão do monte em Mateus é o Sermão da planície em Lucas; e além disso, nota-se que cada qual expõe o material do discurso em diferentes circunstâncias histórias. Em Lucas, o material desse sermão é apresentado mais tarde no ministério de Jesus, após certo número de milagres e depois de haver selecionado todos os apóstolos. Em Mateus, o sermão aparece antes dos milagres, e após haver escolhido apenas quatro dentre os doze discípulos. Taís considerações, porém, não afetam a autenticidade dessas palavras ou ensinos, mas apenas indicam que detalhes dessa natureza não são importantes para o autor, e que este usou o material de que dispunha do modo mais vantajoso para o plano de apresentação que tinha em mente.

Conclusão:- Nessa lição aprendemos que:
1) Um ensinamento só é importante quando colocado em prática. Um certo pastor havia acabado de assumir uma nova igreja. Pregou naquele domingo à noite e todos ficaram felizes com o novo pastor e a mensagem que ele trouxe. Ã porta da igreja, ao final do culto todos o parabenizaram. No próximo domingo pregou a mesma mensagem e o povo ainda assim ficou feliz e na despedida do culto tornaram parabenizá-lo. No terceiro domingo pregou a mesma mensagem e a liderança se reuniu e perguntou ao pastor se ele não tinha outra mensagem. Ele respondeu: Só vou pregar outra quando as pessoas tiverem vivendo essa. Todo ensino só é importante quando colocado em prática.
2) Jesus sempre quer ensinar lições que estão ao alcance das pessoas. Ele nunca ensinou algo que estava fora do alcance, mas lições práticas, de fácil aplicação.

ESCOLA BÍBLICA DOMINICAL

A Importância da Escola Bíblica Dominical

I - Para Deus
Deus precisa falar com pessoas através do ensino.
Está no plano de Deus o crescimento (Lc. 2:52).
A E.B.D. é um instrumento de Deus para falar com o aluno na sua própria linguagem.
É o momento que Deus quer abençoar alguém, no caso, o professor da classe.

II - Para o Professor
Ele pode ganhar almas para Jesus
Ele pode desenvolve espiritualidade nos alunos.
Ele pode treinar os alunos para o serviço do Mestre.
a) o que ensinar: a Bíblia (Mt. 28:19)
b) a quem ensinar: Homens, mulheres e crianças (Dt. 31:12).
c) como ensinar: conhecendo a Cristo como Salvador e Rei.

III - Para o Aluno
O aluno tem oportunidade de crescer espiritualmente e no conhecimento da palavra.
Pode tirar dúvidas e fazer perguntas na hora do ensino.
Fica mais próximo do seu pastor(a) que é o professor.
E o não crente, pode ser evangelizado.

IV - Para a Edificação da Igreja
Igreja sem E.B.D. deixa a desejar no que diz respeito ao crescimento espiritual dos crentes.
A pregação aguça o coração, o estudo aguça a mente.
Conhecemos uma Igreja através da sua E.B.D. Se a E.B.D. for forte, igualmente será tal Igreja.

V - Para o Evangelismo
O primeiro grande dever do professor da E.B.D. é agir e orar diante de Deus no sentido de que todos os seus alunos aceitem Jesus como Salvador e sigam-No como seu Senhor e mestre.
A E.B.D. produz discípulos em lugar de realizar um ‘evangelismo a esmo’.
É uma oportunidade de semear e colher resultados. 


10.8.13

LAMENTAÇÕES DE UM PROFETA

     Lamentações de um profeta - Lam. 1:1-12
     “Bom é ter esperança e aguardar em silêncio a salvação do Senhor.” Lm. 3:26.
     O profeta Jeremias exprimiu seus mais profundos sentimentos de tristeza através das lamentações. Era tomado por fortes emoções por causa do que estava acontecendo com seu povo, consigo mesmo e com a cidade de Jerusalém. Nacionalista, filho de sacerdote, viveu solteiro por uma ordem do Senhor, Jr. 16:1-4. Participou ativamente da história de seu povo. O profeta queria que seus conterrâneos mudassem de atitude, pensamento e propósito para que o cativeiro não ocorresse, mas, como não houve alterações de comportamento, as consequências foram drásticas.
I - O LAMENTO POR JERUSALÉM: “A FILHA DE SIÃO” 1:6
     Em suas lamentações, o profeta faz uma queixa acompanhada de gemidos e de gritos que expressam sua tristeza. Fala de Jerusalém, que outrora fora grande entre as nações e princesa entre as províncias, mas que agora estava totalmente solitária, 1:1. A glória de Jerusalém e a inspiração que ela trazia haviam acabado; a beleza da cidade deixara de existir. Era como uma pessoa despida, 1;8. Jeremias queria fazer o povo entender que essa situação tinha uma só causa: O pecado. A “Filha de Sião”, que era tão amada, sofre amargas situações:
     a) Tornou-se como viúva, 1:1. A referência à viuvez era para falar da profunda solidão e desespero. O profeta usa a ilustração de uma mulher roubada de seus filhos e marido, com o fim de demonstrar comparativamente o sentimento de dor dos habitantes de Jerusalém.
    b) Os caminhos foram abandonados, 1:4. As estradas que levavam a Jerusalém, antes cheias de peregrinos que iam para o templo a fim de participar das festas, agora estavam completamente desertas.
    c) As portas estavam desoladas, 1:4. As cidades antigas eram muradas. As portas eram locais de grande movimentação humana; nesse local os mercadores se reuniam para vender seus produtos; ali também o governante pronunciava justiça, Dt. 21:19 e II Sm. 18:24. Agora as portas de Jerusalém estavam desoladas.
    d) Perdeu a sua glória, 1:6. Jerusalém tinha duas glórias: uma era Glória de Deus e outra a dos próprios habitantes da cidade, que a achavam intocável. Por isso Deus permitiu que fosse destruída, pois a Glória do Senhor já havia saído havia muito tempo.
     e) O santuário foi destruído, 1:10. O templo fora saqueado. Os habitantes de Jerusalém viram os gentios entrarem no santuário, profanando-o.
II – O LAMENTO PELO POVO: OS “FILHOS DE SIÃO”.
     O povo de Judá estava entristecido; “Sentados em terra se acham, silenciosos, os anciãos da filha de Sião; lançam pó no ar sobre as cabeças, cingidos de cílios, as virgens de Jerusalém abaixam as cabeças até o chão”, 2:10. O povo não demonstra arrependimento quando cometera seus graves pecados, mas agora estava numa situação de profunda angustia, colhendo o fruto de sua semeadura, Gl. 6:7. Vejamos que tipos de pecados foram cometidos:
     a) Rejeição á palavra do profeta, 3: 62. Jeremias não falava para ofender seus ouvintes, mas para orientá-los. Como a mensagem era dura, o povo criara resistência ao profeta e consequentemente, á palavra de Deus, da mesma forma, muitos hoje estão rejeitando a palavra por que olham para o mensageiro.
     b) Abandono à voz do Senhor, 5: 21. Jeremias faz uma oração, pedindo a Deus que ele mesmo atue na vida do povo estava tão afastado dos propósitos divinos: “Converter-nos a ti, Senhor, e nós nos converteremos”. Além de cometer pecados como a da idolatria, a mentira do roubo, etc, o povo também tapava os ouvidos a voz de Deus. É um grave perigo descuidar-se da vida espiritual.
III - LAMENTO PELO PRÓPRIO PROFETA: “O FILHO DE SIÃO”
     Após lamentar por Jerusalém e pelo povo, Jeremias faz um lamento por si mesmo: “Eu sou o homem que viu a aflição pela vara de seu furor”, 3:1. “Já se consumiram os meus olhos com lagrimas”, 2:11. Um dos aspectos trágicos apresentados por Jeremias em suas lamentações é o de que os inocentes são, com frequência, envolvidos com os culpados nas consequências do pecado. Jeremias se reporta a si mesmo, mostrando que havia muita gente sofrendo, inclusive ele mesmo. A tristeza que descreve no cap. 1:12 se liga ao cap. 2:12 onde as lembranças e o que aconteceu com as crianças pequenas durante o cerco de Jerusalém eram muito fortes. As cenas horríveis descritas nesses textos são evidencias obvias de uma testemunha ocular, que parece estar tão chocada e revoltada pelo que viu e que é incapaz de esquecê-las. As crianças, em seus últimos suspiros, estavam pedindo comida. Enquanto procuravam restos de alimentos nos entulhos, desfaleceram. Aquilo tudo era motivo de sobra para Jeremias se derramar em seus lamentos. Tais cenas trágicas foram um forte contraste com o ideal das crianças felizes e despreocupadas brincando nas ruas de Jerusalém, o que é prometido à nação quando ela for restaurada, Zc. 8:5.
APLICAÇÃO
     Como vamos reagir nos tempos de crises e dificuldades? Jeremias nos ensina que nunca devemos nos esquecer de que Deus é cheio de misericórdia, 3:22. Por isso, Ele mesmo proverá o escape nas horas de angustias. Nunca deveremos nos desesperar, 3:26. E se a inquietação e a ansiedade surgirem, resta-nos o caminho da oração. 3:29

6.8.13

Focalize e Realize

          É necessário esforço para focalizar a sua mente – não esforço físico mas mental. Apesar de parecer difícil, você pode, através da prática e experiência se tornar melhor e melhor em manter a sua mente focalizada. Vale a pena o esforço. James Gardner

          Muitos retrocessos e desapontamentos têm como resultado a inabilidade de manter a sua mente focalizada. Considere quantas vezes você tem permitido que a sua mente vagueie em distintas direções. Pense nas muitas coisas que você decide fazer, mas nenhuma ação é tomada naquela direção. Agora, imagine quão sólida e eficientemente você poderia ser se focalizasse em uma coisa e nela permanecesse até que fosse realizada. O poder de uma mente focalizada é simplesmente tremendo!

          Aparentemente foco é algo difícil. O mundo está cheio de distrações e são muitas as vozes que reclamam pela sua atenção, e você pode naturalmente ser atraído por tais vozes. Mas, essas vozes podem ser superadas com vontade, determinação e intencionalidade. Pratique permanecer focalizado por períodos cada vez mais longos. Faça disso sua prioridade e logo o seu foco virá com maior rapidez e naturalidade.

          Mantenha-se focalizado. Coloque a sua substancial energia numa específica e positiva direção. Essa é a melhor coisa que você pode fazer para melhorar a qualidade da sua vida e do mundo ao seu redor.

Um pouco sobre discípulo e discipulado

Discípulo – (Em hebraico, limmudh; em grego, mathetes; em latim, discipulus – pupilo’, ‘aprendiz’).

No antigo testamento, o vocábulo aparece geralmente nas diversas versões uma vez (Is. 8:16), mas a mesma palavra hebraica é traduzida por ‘eruditos’ em Is. 50;4, e por ‘ensinados’ em Is. 54:13. ‘Discípulos’ (1 Cr 25:8) vem da mesma raiz. A relação entre o mestre e o discípulo era uma característica comum do mundo antigo, onde os filósofos gregos e os rabinos judeus reuniam em torno de si grupos de aprendizes e discípulos.

Nos tempos do novo testamento, uma pratica semelhante tinha prosseguimento, e a palavra significa em geral aqueles que aceitavam os ensinamentos de outro – exemplo, de João Batista (Mt 9:14; Jo 1:35), dos fariseus (Mc. 2:18, Lc. 5:33), e de Moisés (Jo. 9:28). Seu uso mais comum era para denotar os aderentes de Jesus: Quer no sentido geral (como em Mt. 10:42. Lc. 6:17; Jo. 6:66), quer referindo-se  especialmente aos doze (Mt 10:1; 11:10), que tudo abandonaram   a fim de segui-lo. Fora dos evangelhos, as únicas outras ocorrências neotestamentarias do termo aparecem no livro de Atos, onde descreve os crentes, aqueles que confessam a Jesus como Cristo (6:1,2,7; 9:36 (feminino Mathetria), 11:26) torna-se ou fazer um discípulo (de)’, é encontrada em Mt. 27:57; 28:19.

Os dois filhos. Certa pesquisadora e analista de comportamento estava concluindo um trabalho que propusera realizar para avaliar qual o fim das decisões das pessoas, e os efeitos das vivencias dentro de casa no dia-a-dia e o resultado disso no futuro das famílias.
Em sua pesquisa encontrou dois irmãos, criados juntos, oriundos de um mesmo ventre, separados por apenas uns poucos anos de vida. Um dos irmãos era profundamente revoltado e o que experimentara na vida justificava seus comportamentos, dizia ele. Quando menino, dizia, ‘meu pai chegava em casa bêbado, espancava minha mãe, batia nos meus irmãos e em mim, jogava a comida fora, praticava todo tipo de maldade, e isso me fez ficar revoltado e hoje não consigo um bom trabalho, já me separei da esposa, sou uma pessoa infeliz graças ao cenário vivido quando criança e exemplos do meu pai’. Terminadas as explicações, a pesquisadora foi ao irmão desse primeiro indivíduo e notou que seus comportamentos eram diferentes, inclusive observou que esse irmão era um empresário bem sucedido, morava numa casa boa, família bem estruturada, enfim, se fosse fazer uma análise mais cruenta, nem dava para acreditar que esse era irmão daquele primeiro mencionado. A pesquisadora fez a mesma pergunta que fizera ao primeiro: Porque você vive dessa maneira tendo o passado que teve? Perguntou a pesquisadora; Aquele irmão mais novo respondeu: ‘Quando eu era criança e via meu pai chegando bêbado à minha casa, batia em minha mãe, espancava a todos, jogava a comida fora e praticava todo tipo de maldade, eu disse que escreveria uma história diferente da que ele estava escrevendo. Amaria minha esposa, trataria bem as pessoas com as quais convivo todos os dias e as que esporadicamente passassem por mim, trataria bem meus funcionários, isso porque não queria ter os comportamentos que meu pai tinha e nem viver aquele modelo. Hoje sou como sou.
Aquela pesquisadora concluiu que nossos comportamentos são determinados pelas decisões que tomamos quanto à maneira que queremos viver e não pelo que as pessoas nos impõem ou as circunstâncias determinam. Bem que aquele filho tinha tudo para ser como seu pai no quesito comportamento, mas não o quis.
Com isso concluímos que os filhos reproduzem suas vivencias, experiências da infância, e aquilo que lhes fica impregnado na formação da sua personalidade, personalidade que segundo estudiosos de comportamento, vai desde o ventre até os sete anos de idade, para os demais anos de sua existência. Alguns conseguem superar seus próprios traumas, lembranças traumáticas registradas no consciente, subconsciente ou no inconsciente, superar dores que estão escondidas onde ninguém consegue entrar, exceto a própria pessoa e com muita dificuldade ainda.
São filhos muito parecidos com os pais, mas tendo um conteúdo experimental diferente. Afinal, cada pessoa é uma na face da terra e na vida é assim mesmo: cada qual escreve sua própria história. Embora tendo a fisionomia dos pais, alguns trejeitos aprendidos dentro de casa, cacoetes que os filhos carregam dos pais, ainda assim cada um vai viver sua própria experiência. É a partir dessa decisão de cada um que a pessoa vai se tornando um individuo consciente e autor da sua própria historia. Ninguém pode decidir por mim além de mim mesmo. Se eu decidir ser um cidadão do bem, está decidido; ninguém jamais vai conseguir mudar uma decisão pessoal a não ser eu mesmo.

                                     Do livro: "Filho de Deus ou filho do reino?" no prelo.

26.7.13

Cantinho da Sabedoria

“Antes de ser quebrantado, eleva-se o coração do homem; e, diante da honra, vai a humildade.” Pv. !8:12

“A oração nunca é demais.” - Spurgeon.

“O dinheiro não transforma a pessoa; apenas mostra quem ela é.”