18.9.13

O livro de Daniel

O profeta Daniel

     Daniel 6:1-5

“Então os príncipes e os presidentes procuravam achar ocasião contra Daniel a respeito do reino; mas não podiam achar ocasião ou culpa alguma; por que ele era fiel e não  se achava nele nenhum vicio ou culpa”,  Dan.6:4


O profeta Daniel e seu livro é o tema que vamos analisar; seu caráter de Daniel e seu comportamento como profeta de Deus numa terra estranha, suas revelações profundas acerca do presente, passado e futuro da nação que juntamente com ele estava cativa.

I - QUEM ERA O PROFETA
Daniel foi um jovem que possuía um coração voltado para as coisas de Deus e o conhecia pessoalmente, por experiência própria. Aprendeu que Deus revela os mistérios, cuida do seu povo e exerce seu poder extraordinário em qualquer nação, mesmo fora de Jerusalém. Daniel aprendeu que Deus livra dos inimigos, fecha a boca dos leões e, em qualquer situação, Ele está presente.

O que sabemos sobre a vida de Daniel é só o que está registrado no seu livro. Recebeu de Deus inteligência e conhecimento em toda cultura e sabedoria , 1:17. Antes era um cativo comum mas, por ser de linhagem nobre, foi escolhido, por ordem do rei para prestar serviços no palácio, 1:4 e 6. Daniel destaca-se pela sua sabedoria, 1:17 e especialmente ao interpretar o sonho do rei Nabucodonosor, 2:48. Com ele estavam Hananias, Misael e Azarias.

A vida e ministério do profeta Daniel transcorreram em meio a grande transformações sociais, religiosas e políticas. Daniel foi levado para a Babilônia com o primeiro grupo de cativos, por ocasião da primeira tentativa de Nabucodonosor de tomar Jerusalém, em 597 a. C.

II - SUAS QUALIDADES
O Profeta Daniel tinha um procedimento integro que realçava seu caráter como servo de Deus, demonstrado em seu relacionamento tanto com os colegas judeus como com os babilônios. Vejamos:

a) bom relacionamento: “... Nele havia um espírito excelente...”, 6:3. Daniel se distinguiu dos demais príncipes e presidentes por causa desse espírito de sabedoria. Daniel fora capaz de interpretar sonhos, explicar enigmas resolver duvidas, 5:12. Chegava ao ponto de as pessoas dizerem que Daniel tinha “o espírito dos deuses”, 5:14.

b) Boa moral: “...não podiam achar ocasião ou culpa alguma...” 6:4. Daniel era inculpável, ou seja: não deixava sequer um resquício de motivo para acusarem por mau comportamento . "Os príncipes e presidentes procuravam ocasião contra Daniel a respeito do reino, mas não podiam achar...”.Usaram então a religião de Daniel e sua fé para o condenar por rebeldia segundo as leis dos medos e dos persas, 6:5,15. Foi nessa situação que Daniel experimentou o grande livramento diante dos leões vorazes, 6:22.

c) Bom comportamento: “...e não se achava nele nenhum vicio...”; 6:4. Não sabemos quais vícios eram comuns na Babilônia, mas Daniel não se deixou escravizar. Não ter nenhum vicio fazia parte  da sua característica.

Só a glória de Deus seria capaz de produzir uma mudança completa de vida. Há muitos que não conseguem mudar de vida porque não tiveram uma experiência com a glória de Deus e nem sabem para que ela existe.

III – SEU LIVRO

Como o livro de Esdras, Daniel foi escrito parte em hebraico, 1:1-2; 4; 8:1-12; 13, e parte em aramaico, 2:4b-7. É um livro de profundas revelações, algumas sobre o reino babilônico e outras sobre Israel.

            O livro de Daniel precisa ser estudado com muito interesse e atenção, pois as visões nele apresentadas são por demais escatológicas e espirituais. Ao analisar o livro, chegamos à conclusão de que o seu escritor tinha profunda comunhão com Deus e o Pai lhe revelara seus propósitos.

III - ASPECTOS DOUTRINÁRIOS

Os aspectos doutrinários no livro de Daniel são apresentados em forma de profecia simbológica, ora referindo-se ao povo de Israel no cativeiro, ora referindo-se à queda dos reinos dominantes. Vejamos como são apresentados.

a) A visão da grande árvore, cap. 4. Essa visão foi dada a Nabucodonozor e interpretada pelo profeta Daniel. Dizia respeito ao reino de Nabucodonozor e à queda do próprio rei. A glória e o domínio babilônico se estendem por uma vasta região. Agora havia caído e a profecia se cumpriu quando Nabucodonozor ficou sete anos como animal, andando, comendo e vivendo no meio dos animais.

b) O mistério do banquete de Belsazar, cap. 5. Numa festa que Belsazar fez a mil dos seus grandes, usou os vasos que havia trazido de Jerusalém para praticar suas ações abomináveis. Naquela noite, aparece u’a mão escrevendo na parede uma frase desconhecida que deixa o rei aterrorizado. Belsazar queria saber o significado daquelas palavras. Daniel dá a interpretação como Deus lhe revelara. Era uma sentença de condenação e morte. “...pesado foste na balança e foste achado em falta”. Cada visão traz uma mensagem que propõe mudança de vida. Tivessem os reis e os homens da nação um pouco de sensibilidade, mudando seus hábitos pecaminosos, e as advertências não se cumpririam.

c) A visão de um carneiro e um bode, cap. 8. Fala da queda de dois reinos fortíssimos: os da Média e Pérsia. Aparece também neste capítulo uma referencia claríssima ao anticristo, 8:23-25.

d) As setenta semanas, cap. 9:25-27. Novamente refere-se ao fim dos tempos e também faz outra referencia ao assolador, 9:27. Faz alusão ao arrebatamento da Igreja, à grande tribulação e às bodas do Cordeiro.

APLICAÇÃO: - O livro de Daniel é repleto de mistérios que o próprio Deus revelou e se encarregou de dar as interpretações. Daniel não parece em nada temeroso e nem preocupado com tão grandes revelações proféticas, mas vive uma vida de oração para que sua comunhão não seja quebrada. Mostrava profunda confiança em Deus. Que a vida de Daniel imprima em nós o desejo de vivermos na mesma comunhão!


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