24.6.11

ENTRE FERAS
“Então o rei ordenou que trouxessem a Daniel, e o lançaram na cova dos leões. E, falando o rei, disse a Daniel: O teu Deus, a quem tu continuamente serves, ele te livrará.”                                                                                          (Dn. 6:16)

            Daniel é o caso típico de fidelidade e lealdade independente do que esteja vivendo. Ele mantinha um tempo de oração todos os dias e oração era uma atitude regular três vezes ao dia em sua vida. Não o fazia para ser visto, mas oração, para Daniel era seu meio de subsistência. Para algumas pessoas, oração é como o oxigênio: se faltar, a pessoa morre.

            O porquê da perseguição. Não havia motivos para justificar a perseguição que Daniel estava sofrendo. Ele era o mais fiel de todos que haviam na Babilônia, aliás, se destacou entre os 120 governadores, querendo o rei Dario constituí-lo presidente entre os 120 governadores. Ele era um dos três que mais se destacou no reino. Logo, só uma decisão política para ‘fazer definhar’ tão grande homem. Ali Daniel já se encontrava ‘entre feras’. Os governadores puseram as feras que estavam escondidas em cada um para tentar intimidar aquele moço de Deus. A convivência com as feras, assim como sua vida de oração era diária. Daniel só soube que havia uma lei assinada e que, “quando soube,... entrou em sua casa (ora, havia no seu quarto janelas da banda de Jerusalém), e três vezes no dia se punha de joelhos, e orava, e dava graças, diante do seu Deus, como também antes costuma fazer.”

            A pressão das feras. Em nenhum momento Daniel se intimidou com a pressão sofrida. Após ser pressionado pelos governadores que queriam a sua destruição, teve que cumprir a lei editada e foi lançado dentro da cova dos leões. Assim seria sacramentada a vontade daqueles que odiavam Daniel, mas, quando estavam juntos ficavam dando tapinhas nas costas de Daniel e aqueles sorrisinhos falsos. Feras hipócritas! Que recompensa tereis?

            A convivência entre as feras. Daniel mantinha um bom relacionamento com as pessoas, mas sabia das feras que estavam dentro da cova e que a qualquer momento poderiam colocar suas garras de fora. Imagine as feras furiosas, cheias de amargor, sentimento de vingança, querendo uma oportunidade para encravar suas garras envenenadas na vida daquele homem. Para Daniel, isso não fazia o menor sentido e nenhuma diferença no seu dia-a-dia, pois a preocupação dele era servir a Deus. Ele não carregava a preocupação de saber o que queriam fazer ou deixar de fazer com ele. Era um moço livre, de coração com batidas cardíacas normais, sem algum peso em sua consciência, afinal, livre mesmo!

            Que lições tiramos de uma vida entre feras?
1) Que as feras existem e estão ali, bem ao lado, dentro da cova de pessoas carregadas de tudo que é possível existir dentro de uma cova;
2) Que aqueles que servem a Deus nunca serão devorados pelas feras, todavia, sabem que o fato de servir a Deus não os isenta de serem pressionados, ameaçados e até lançados na cova entre as feras;
3) Que hoje você pode entrar no meio das feras debaixo das palavras do rei Dario: “O teu Deus, a quem tu continuamente serves, ele te livrará.”