2.9.13

Significado e importância do sermão do monte

Significado e importância do Sermão do Monte

“E Jesus, pois, vendo as multidões, subiu ao monte; e, tendo ele se assentado, aproximaram-se dele os discípulos, e ele os ensina, dizendo:”
                                               Mateus 5:1 e 2

     O evangelho de Mateus é o evangelho dos ensinos de Jesus. Nesse evangelho tem sermões, milagres, curas, ensinos sobre conduta, comportamento, final dos tempos e outros. É um evangelho repleto de princípios que o Senhor Jesus deixou para termos vida espiritual abundante e relacionamentos saudáveis.
     Sermão da Montanha é o titulo comumente dado aos ensinamentos de Jesus registrados em      Mateus 5 até 7. Se esse nome pode ser apropriadamente usado para a porção um tanto paralela do evangelho de Lucas (6:20-49) depende da interpretação acerca da relação literária entre as duas passagens. Esse último trecho é frequentemente designado de Sermão da Planície por que teria sido proferido num lugar plano (Lc. 6:17), e não no ‘monte’ (Mt. 5:1). Porém, ambas expressões provavelmente denotam o mesmo lugar, accessível por dois caminhos diferentes.
     Alguns comentaristas referem-se ao sermão do monte como aquele esboço original de cristianismo essencial. Se isso for interpretado como significando que o sermão do monte é a mensagem cristã para todos os tempos, então, os nossos dias têm um padrão muito elevado de conduta a ser seguido.
     Martin Lloyd Jones, referindo-se aos ensinos de Jesus no sermão do monte, disse: O que a Igreja mais necessita não é organizar campanhas de evangelização, a fim de atrair as pessoas que ainda estão do lado de fora, mas começar, ela mesma, a viver a vida cristã.
     Olhando para os ensinos de Jesus no sermão do monte vamos analisar a importância desses ensinos, as pessoas que o ouviram e os objetivos de Jesus ao proferir tais ensinos.

I - A importância do Sermão da Montanha
     O sermão do monte deve ser analisado como um todo, antes de entrarmos nos detalhes, pois se isso não for observado corremos o perigo constante de perdermos de vista o bosque por causa da árvore, ou o todo por causa do particular. Nenhum ensinamento em particular, ou versículo do sermão deve ser analisado sem que o sermão todo também o seja. Os ensinamentos abrangem diversas áreas do comportamento humano, senão todas e falam de como deve ser nosso relacionamento com Deus, com o próximo e consigo mesmo.
     a) Como ensino superior. 5:1 Jesus, pois, vendo as multidões, subiu ao monte; e, tendo ele se assentado, aproximaram-se os seus discípulos. O nível moral, espiritual e de conduta nos ensinos de Jesus no monte estava um pouco acima. Ele mostrou que é possível ter atitudes mais elevadas, ter um nível superior. O fato de Jesus ter subido ao monte não foi uma casualidade, mas um exemplo de que, tanto os ensinos como as atitudes devem ser mais elevadas, sublimes, do alto. Jesus sobe ao monte e começa a ensinar de lá, dando lições que as pessoas teriam condições de viver. Eram lições de nível superior, pois nenhum mestre tinha tamanha habilidade e ninguém jamais falou como ele. Jesus elevou o nível dos ensinamentos de sua época fazendo fecunda a pedagogia de então que não passava de discursos e retóricas vazias e sem prática. A superioridade estava no conteúdo e na facilidade de praticar tão profundos ensinamentos.
     b) Para produzir mudança. 5:2 E abrindo a sua boca os ensinava, dizendo... Aqueles ensinamentos produziam mudanças rápidas e duradouras nas vidas das pessoas que os ouviam. Quando Jesus abria sua boca para ensinar, o fazia com muita sabedoria; e trazia lições profundas em poucas palavras. Suas palavras eram sábias e levavam seus ouvintes a tomar atitudes, decisões de mudança. Como mestre, Jesus sabia ensinar de tal modo que falava com autoridade. Sempre lançava mão da lei para explicar que seus ensinamentos eram mais exigentes do que a própria lei. Quando dizia: ouviste o que foi dito... Ele mesmo respondia: Eu, porém, vos digo... O que Jesus queria ensinar era um novo proceder e conseguiu fazê-lo com grande eficiência e de maneira prática. Era um ensino com resultado produzido na escola ao ar livre, ensinando as lições pra vida e as lições eternas.
     c) Para os dias de Jesus. Consideremos a qualidade do ensino que há no sermão do monte, bem como os padrões morais elevados que ali estão patentes. Versículos como Mt. 5:48: Portanto, sede vós perfeitos como perfeito é o vosso Pai celeste, por muito tempo tem perturbado os homens. Parte da resposta jaz no fato que não se trata aqui de ‘novas leis’, mas antes, de princípios estabelecidos em termos de ação. Caem dentro da vida prática das pessoas, que sempre eram mais profundas e exigiam mais do que a mera letra da lei. E expressavam a ética da nova dispensação, designada para aqueles que participam de seu novo poder.
     d) Como código de ética. Quer seja o sermão do monte como o sumário de um discurso verdadeiro, ou como um mosaico de declarações éticas postas em ordem por Mateus, pouca dúvida pode haver que Mt. 5 a 7 possui autêntica unidade assinalada pelo desenvolvimento lógico de um tema básico. Esse tema é apresentando nas bem-aventuranças e pode ser expresso como a qualidade e a conduta de vida no reino. A ética de Jesus é explicita em seus ensinamentos no sermão quando combate as incoerências comportamentais e expõe um novo padrão destituído daqueles costumes. Dentro do sermão do monte não existe o “jeitinho brasileiro” de querer tirar proveito de tudo. O código de ética que Jesus deixou não contém o “faça o que eu falo, mas não faça o que eu faço”.
II - Pessoas que ouviram o Sermão
     a) Discípulos. O sermão da montanha foi endereçado primariamente aos discípulos. Esse é o sentido tanto de MT 5:1,2 como de Lc 6:20. O uso que Lucas faz da segunda pessoa, nas bem–aventuranças, ao dizer: “vós sois o sal da terra” (Mt 5:13), e a ética exaltada do sermão como um todo, pode significar apenas que o mesmo foi designado para ensinar aqueles que haviam abandonado o paganismo para abraçar a vida no reino. Não obstante, no fim de cada relato ( Mt 7:28,29 e Lc. 7:1 ) aprendemos que havia outros presentes também; pelo que a solução parece ser que a multidão também estava presente e ouviu Jesus enquanto ensinava, mas que o próprio discurso foi dirigido primeiramente para o circulo dos discípulos. Declarações ocasionais, tais como os ais de Lc. 6:24-26, a não ser que se tratem de artifícios retóricos, parecem que só foram ouvidos secundariamente por aqueles que porventura estivessem escutando e precisassem de tal admoestação.
     b) Pessoas não regeneradas. No meio da multidão havia diversas pessoas, inclusive algumas com profunda experiência espiritual e outras que nem sequer conheciam a Deus. Era um misto de pessoas religiosas, de pessoas curiosas, de pessoas piedosas, de pessoas sem nenhuma piedade, enfim, naquela multidão os grupos eram distintos. Jesus falava pra todos igualmente, sem fazer distinção nem acepção. Jesus trabalhava com esse sentimento: todos merecem pelo menos uma oportunidade.
            Embora estivessem presentes naquela reunião muitas pessoas que não tinham experiência de salvação, Jesus ensinou muitos princípios que são úteis para todas as pessoas. Jesus não discute no sermão se a pessoa deveria praticar seus ensinos para ser salvo, mas praticar seus ensinos para ter uma vida melhor.
     c) Pessoas apegadas à lei. Os legalistas também estavam presentes no meio da multidão e recebiam os ensinamentos de Jesus com uma certa reserva. Pessoas religiosas, praticantes dos dogmas legais entravam em choque com aqueles ensinos. Elas estavam engessadas na vida religiosa e não conseguiam quebrar o vinculo que as prendiam à lei. Receberam o ensino de seus pais e ficaram debaixo daquele fardo religioso como se aquilo fosse o grande legado que as levariam para uma vida superior.
            Vem o Senhor Jesus trazendo um ensinamento totalmente novo, livrando as pessoas do ranço imposto pela formalidade da lei, e isso provoca grande choque com os costumes da época. Jesus não é contra a lei, pelo contrario, ele a cumpre sem deixar que ela produza a legalidade na vida dele. Também não foi contra as pessoas que cumpriam a lei, mas foi contra aqueles que a defendiam e se escudavam na lei para dar vazão ao legalismo que existia dentro deles.

III - Objetivos de Jesus ao proferir o Sermão
            Depois de ser tentado por Satanás, Jesus é batizado e começa seu ministério dando ênfase aos ensinos. Em todos os momentos ele ensinava e aplicava de maneira prática tudo que podia, pois queria ver pessoas tendo seus comportamentos e temperamentos transformados. Além do poder transformador, regenerador que possui, Jesus usou ensinos para ajudar as pessoas em como ter uma vida melhor. Logo fica a pergunta: Quais eram os objetivos de Jesus ao proferir tais ensinamentos?
1)     Corrigir as distorções de entendimento.  As pessoas estavam até bem intencionadas quando praticavam sua religiosidade, mas não conseguiam praticar aquela religiosidade em suas vidas; ou destacavam o aspecto negativo da religiosidade. Quando apanharam a mulher em adultério foram logo dizendo a Jesus: A lei manda apedrejar; e tu, o que dizes? Nesse momento ficou saliente a religiosidade fria existente naqueles homens. Jesus ensinava para corrigir as distorções na maneira de entender das pessoas; ele mesmo disse: (5:16) “Assim resplandeça a vossa luz diante dos homens par vejam as vossas boas obras e glorifiquem o vosso Pai, que está nos céus”.
2)     Dar oportunidade de igualdade a todos. Quando Jesus citava a frase: Eu porem vos digo, estava dizendo que todos são iguais e que não existem alguns que são mais iguais que outros. Todos devem ter a mesma oportunidade e devem aproveitá-la. No sermão do monte foram poucos que aproveitaram, mas a oportunidade foi dada a todos. Cada vez que você ouvir um bom ensinamento, coloque-o em prática. Oportunidade é uma só!
3)     Aplicar princípios éticos. Interessante é o jeito prático de ensinar do Senhor Jesus. Encerrava cada ensino com lições evidentes de sua praticidade. Encerrou todo o sermão do monte com a historia das duas construções e de como os dois construtores firmaram suas bases. Construir sobre a areia ou cavar fundo até encontrar rocha depende do construtor; mas o principio estabelecido por Jesus no sermão é o principio da profundidade, cavar até que encontre um lugar firme, pagar o preço; eliminar toda superficialidade.
4)     Mostrar um novo tempo. Os ensinos do sermão do monte trouxeram um novo tempo. Era mesmo de se esperar que tantos ensinamentos apresentassem uma esperança para aquelas pessoas que estavam debaixo da letra morta da lei. Jesus aparece trazendo vida abundante, trazendo vida eterna, fazendo as pessoas enxergarem o brilho do sol em tempos de densas nuvens, levando as pessoas a sentirem que o “choro pode durar uma noite, mas a alegria vem pela manhã”.
IV – Outras observações no sermão
            O Sermão do monte em Mateus é o Sermão da planície em Lucas; e além disso, nota-se que cada qual expõe o material do discurso em diferentes circunstâncias histórias. Em Lucas, o material desse sermão é apresentado mais tarde no ministério de Jesus, após certo número de milagres e depois de haver selecionado todos os apóstolos. Em Mateus, o sermão aparece antes dos milagres, e após haver escolhido apenas quatro dentre os doze discípulos. Taís considerações, porém, não afetam a autenticidade dessas palavras ou ensinos, mas apenas indicam que detalhes dessa natureza não são importantes para o autor, e que este usou o material de que dispunha do modo mais vantajoso para o plano de apresentação que tinha em mente.

Conclusão:- Nessa lição aprendemos que:
1) Um ensinamento só é importante quando colocado em prática. Um certo pastor havia acabado de assumir uma nova igreja. Pregou naquele domingo à noite e todos ficaram felizes com o novo pastor e a mensagem que ele trouxe. Ã porta da igreja, ao final do culto todos o parabenizaram. No próximo domingo pregou a mesma mensagem e o povo ainda assim ficou feliz e na despedida do culto tornaram parabenizá-lo. No terceiro domingo pregou a mesma mensagem e a liderança se reuniu e perguntou ao pastor se ele não tinha outra mensagem. Ele respondeu: Só vou pregar outra quando as pessoas tiverem vivendo essa. Todo ensino só é importante quando colocado em prática.
2) Jesus sempre quer ensinar lições que estão ao alcance das pessoas. Ele nunca ensinou algo que estava fora do alcance, mas lições práticas, de fácil aplicação.

ESCOLA BÍBLICA DOMINICAL

A Importância da Escola Bíblica Dominical

I - Para Deus
Deus precisa falar com pessoas através do ensino.
Está no plano de Deus o crescimento (Lc. 2:52).
A E.B.D. é um instrumento de Deus para falar com o aluno na sua própria linguagem.
É o momento que Deus quer abençoar alguém, no caso, o professor da classe.

II - Para o Professor
Ele pode ganhar almas para Jesus
Ele pode desenvolve espiritualidade nos alunos.
Ele pode treinar os alunos para o serviço do Mestre.
a) o que ensinar: a Bíblia (Mt. 28:19)
b) a quem ensinar: Homens, mulheres e crianças (Dt. 31:12).
c) como ensinar: conhecendo a Cristo como Salvador e Rei.

III - Para o Aluno
O aluno tem oportunidade de crescer espiritualmente e no conhecimento da palavra.
Pode tirar dúvidas e fazer perguntas na hora do ensino.
Fica mais próximo do seu pastor(a) que é o professor.
E o não crente, pode ser evangelizado.

IV - Para a Edificação da Igreja
Igreja sem E.B.D. deixa a desejar no que diz respeito ao crescimento espiritual dos crentes.
A pregação aguça o coração, o estudo aguça a mente.
Conhecemos uma Igreja através da sua E.B.D. Se a E.B.D. for forte, igualmente será tal Igreja.

V - Para o Evangelismo
O primeiro grande dever do professor da E.B.D. é agir e orar diante de Deus no sentido de que todos os seus alunos aceitem Jesus como Salvador e sigam-No como seu Senhor e mestre.
A E.B.D. produz discípulos em lugar de realizar um ‘evangelismo a esmo’.
É uma oportunidade de semear e colher resultados.