11.1.12

RESPEITO É BOM E CABE EM QUALQUER SITUAÇÃO.

Na fila do supermercado, o caixa diz uma senhora idosa:
- A senhora deveria trazer suas próprias sacolas para as compras, uma vez que sacos de plástico não são amigáveis ao meio ambiente.
A senhora pediu desculpas e disse: - Não havia essa onda verde no meu tempo.
O empregado respondeu: - Esse é exatamente o nosso problema hoje, minha senhora; Sua geração não se preocupou o suficiente com  nosso meio ambiente.
- Você está certo - responde a velha senhora - nossa geração não se preocupou adequadamente com o meio ambiente. Naquela época, as garrafas de leite, garrafas de refrigerante e cerveja eram devolvidos à loja. A loja mandava de volta para a fábrica, onde eram lavadas, e esterilizadas antes de cada reuso, e eles, os fabricantes de bebidas, usavam as garrafas, umas tantas outras vezes.
Realmente não nos preocupamos com o meio ambiente no nosso tempo. Subíamos as escadas, porque não havia escadas rolantes nas lojas e nos escritórios. Caminhamos até o comércio, ao invés de usar o nosso carro de 300 cavalos de potência a cada vez que precisamos ir a dois quarteirões. Mas você está certo. Nós não nos preocupávamos com o meio ambiente. Até então, as fraldas de bebês eram lavadas, porque não havia fraldas descartáveis. Roupas secas: a secagem era feita por nós mesmos, não nestas máquinas bamboleantes de 220 volts. A energia solar e eólica é
que realmente secavam nossas roupas. Os meninos pequenos usavam as roupas que tinham sido de seus irmãos mais velhos, e não roupas sempre novas. Mas é verdade: não havia preocupação com o meio ambiente, naqueles dias. Naquela época só tínhamos somente uma TV ou rádio em casa, e não uma TV em cada quarto. E a TV tinha uma tela do tamanho de um lenço, não um telão do tamanho de um estádio; que depois será descartado como? Na cozinha, tínhamos que bater tudo com as mãos porque não havia
máquinas elétricas, que fazem tudo por nós. Quando embalávamos algo um pouco frágil para o correio, usamos jornal amassado para protegê-lo, não plástico bolha ou pellets de plástico que duram cinco séculos para começar a degradar. Naqueles tempos não se usava um motor a gasolina apenas para cortar a grama, era utilizado um cortador de grama que exigia músculos. O exercício era extraordinário, e não precisava ir a uma academia e usar esteiras que também funcionam a eletricidade. Mas você tem razão: não havia naquela época preocupação com o meio
ambiente. Bebíamos diretamente da fonte, quando estávamos com sede, em vez de usar copos plásticos e garrafas pet que agora lotam os oceanos. Canetas: recarregávamos com tinta umas tantas vezes ao invés de comprar uma outra. Abandonamos as navalhas, ao invés de jogar fora todos os aparelhos 'descartáveis' e poluentes só porque a lâmina ficou sem corte. Na verdade, tivemos uma onda verde naquela época. Naqueles dias, as pessoas tomavam o bonde ou ônibus e os meninos iam em suas bicicletas ou a pé para a escola, ao invés de usar a mãe como um serviço de táxi
24 horas. Tínhamos só uma tomada em cada quarto, e não um quadro de tomadas em cada parede para alimentar uma dúzia de aparelhos. E nós não precisávamos de um GPS para receber sinais de satélites a milhas de distância no espaço, só para encontrar a pizzaria mais próxima. Então, não é risível que a atual geração fale tanto em meio ambiente, mas não quer abrir mão de nada e não pensa em viver um pouco como na minha época?

2.1.12

O Ministério Profético da Igreja
Lc. 8:40-42, 49-56
         A igreja é a voz profética de Deus na terra. Ela foi chamada para ocupar o seu lugar e missão dada por Deus. Israel teve seu espaço e nos deixou um legado excelente no que tange ao profetismo. Isso é reconhecido por todas as pessoas que estudam o que é o ministério profético na história de Israel. A importância  da vida profética, a necessidade de se relacionar bem com Deus, de ouvi-lo, da consulta aos Oráculos (que era a palavra fresquinha, da hora que o profeta entregava), o Assim diz o Senhor. Tudo isso era valioso para a manutenção da vida espiritual.
         Enquanto o sacerdote levava o povo diante de Deus, o profeta levava Deus diante do povo, trazendo uma palavra, ora de edificação, ora de exortação, ora de ensino. Ele sempre deveria estar em sintonia com Deus para que, em qualquer tempo tivesse um recado de Deus para quem o consultasse.
         Diante desse contexto do profetismo, como a igreja exerce seu ministério profético? Porque a ele foi dado tal ministério? Quais os sinais que evidenciam a prática de tal ministério? Vejamos a seguir, baseados na história da ressurreição da filha de Jairo, o Ministério Profético da Igreja.

                                     A Pessoa do Profeta.
         O profeta era o porta-voz de Deus, instrumento que Deus usava para entregar aos homens aquele recado celestial. Nessas condições, Jesus estava ali, com algumas pessoas com problemas relevantes, uma multidão inumerável, e tendo em sua própria pessoa a resposta para cada necessidade.
        
         1) Considera cada caso um caso v. 41. Jesus abençoou multidões mas considerou a individualidade de cada situação, de cada indivíduo; personalizou seu tratamento e deu atenção para quem precisava, na hora, local e tempo certo. A Igreja também precisa olhar para o profeta Jesus e aprender tratar cada caso como um caso.  As multidões podem estar reunidas, mas não podemos perder de vista cada irmão, cada visitante, e à medida do possível, chamar cada um pelo nome. Como disse Rick Warren: até o membro de número 3000, ele sabia o nome de todos em sua igreja de Saddleback, nos Estados Unidos.

         2) Sente os apertos da multidão v. 42. ...E, indo ele, apertava-o a multidão?. Será que um profeta não sente os apertos da multidão? O fato de ser profeta o isenta de sentir tais apertos? Muitos querem viver um cristianismo fora da multidão, sem apertos. Esse não foi o papel de Jesus e nem o é da Igreja. Somos profetas no meio da multidão derramando virtude aos necessitados. A multidão não anula nosso profetismo, nem nosso profetismo nos isola da multidão. Os apertos da multidão que nos incomodam simplesmente avalizam que estamos no caminho certo.

     3) Sinaliza para as pessoas que tem fé v. 46. Jesus estava atendendo Jairo e apareceu a mulher que sofria uma hemorragia havia doze anos. Ele não a desamparou, pelo contrário, acenou para aquela atitude de fé com a resposta a altura. Uma atitude de fé merece resposta. A igreja não pode ignorar atitudes de fé. Precisa considerar cada atitude como Jesus fez com aquela mulher.


 AS PALAVRAS DO PROFETA
         O que o profeta fala é muito importante; suas palavras têm peso, são valiosas. Deus sempre confirma aquilo que o profeta fala, e geralmente os ouvintes dão crédito a tais palavras. Por isso as palavras do profeta devem ser medidas e ditas em tempo oportuno.
         No caso de Jesus, veja como foram suas palavras:

     1) Encorajadoras v. 50 Jesus, porém, ouvindo-o, respondeu-lhe, dizendo: Não temas; crê somente...?. Alguém da casa de Jairo apareceu trazendo a notícia que a menina já havia falecido e que Jairo não precisava incomodar mais Jesus. Enquanto Jesus curava a mulher do fluxo, ouviu aquelas palavras e disse a Jairo para não ter medo. Como profeta, Jesus poderia ter aceitado aquela situação, todavia resolveu ocupar o seu lugar e declarar palavras que estimularam Jairo dando-lhe muita força e coragem para enfrentar aquela situação.
     A Igreja, como voz profética de Deus na terra precisa acreditar que Deus realiza milagres, precisa ter palavras de vitória em seus lábios. Nunca deve se esquecer que uma mesma moeda tem dois lados, que uma situação tem o lado positivo e o negativo; quem decide qual lado vai escolher é a pessoa. Seja encorajador e esbarre o negativismo, o pessimismo. 

     2) Transmitem vida v. 54. Mas ele, pegando-lhe na mão, clamou, dizendo; Levanta-te, menina!. A vida estava nas palavras do Senhor Jesus. Ao chegar até a menina morta, Jesus precisaria respirar vida, soprar vida, anunciar vida. Se a vivacidade ministerial tivesse acabado, Jesus jamais operaria tamanho milagre. Bastou para Jesus apenas passar aquilo que ele já trazia  em si e o milagre aconteceu.
     A Igreja também recebeu essa vida de Deus. Essa vida de Deus é o fôlego da igreja, é o hálito que dinamiza as esperanças, que dá energia no caminhar, que tonifica aqueles que estão raquíticos e desalentados. Quando os crentes começam viver a vida de Deus, vão contagiando os incrédulos, vão fazendo a diferença na comunidade onde vivem. Não sabem falar em fracasso, não conhecem a derrota, não desfalecem; são cheios de vida, exuberantes na intimidade com Deus e não temem quando a morte cruza-lhes o caminho. 

     3) Espantam as carpideiras v. 52. E todos choravam e a pranteavam.... (carpideira: mulher paga para chorar em funeral  (Jr. 9:17). Ao entrar ali, Jesus colocou aquele gente que estava lamentando e chorando para fora do quarto. Deveriam aproveitar aquela ocasião para agradecer a Deus, todavia, o que fizeram foi chorar. Também para quem estava chorando a palavra foi: não choreis.  Sempre Jesus tinha uma palavra que não somente estimulava a fé como também combatia o sentimento combalido dos pregoeiros da falência, do choro e da desistência.
     A igreja não pode deixar que o choro das carpideiras, que o choro dos derrotados, que o choro do fracasso seja mais alto do que suas palavras. É momento da igreja se pronunciar. Com a palavra, a Igreja!

     4) Levantam dormentes, caídos e até mortos v. 52-54 ...não está morta, mas dorme... As palavras de Jesus ecoam no mais sonolento dos mortais, invade o recôndito de uma pessoa fria e aquece o coração já sem forças para bater. Vale a pena ouvir as palavras de Jesus.

     Se você assumiu seu papel profético como Igreja do Senhor Jesus, aprenda a estimular a vida, a acreditar sempre, a olhar para uma pessoa difícil do ponto de vista humano e insuflar vida nela; a enxergar naquele que está caído uma oportunidade de coloca-lo em pé; a despertar no dormente, o que está adormecido. Nunca desista da primeira vez, não desanime com os desafios que vão surgir; vá em frente e diga palavras que curam, que saram, que levantam. Você é profeta de Deus.