20.12.14

FINANÇAS: PLANEJAMENTO E CONTROLE

FINANÇAS: PLANEJAMENTO E CONTROLE

     Quem nunca teve problemas financeiros? Quem nunca passou ‘aperto’ por falta de dinheiro? Quem nunca se preocupou em ganhar dinheiro, pagar dívidas, comprar alguma coisa a mais? Esses são problemas antigos, pois o ser humano insiste, muitas vezes, em dirigir a sua vida baseando-se em falsos valores e não nos valores de Deus. Há muito tempo a área financeira tem provocado inúmeros problemas: + distanciamento no relacionamento conjugal; + insegurança familiar; + irritação, tensão, saúde afetada; + mau testemunho diante da sociedade, etc. Isso se agrava mais em nossos dias, marcados pelo consumismo, pelo materialismo, pelo viver na moda, pelo procura de status, ou seja: uma vida apoiada sobre falsos valores. Que os princípios que vamos estudar hoje nos orientem na manutenção ou recuperação de uma vida financeira equilibrada! 
I – HONRAR A DEUS 
Pv. 3:9-10 
     Certamente, o equilíbrio e a bênção na vida financeira começam pelo reconhecimento de quem Deus é. Honramos alguém quando tratamos essa pessoa conforme as expectativas dela, fazendo o que ela deseja, como ela quer. A forma como empregamos nosso dinheiro também demonstra a realidade de nosso amor por Deus. Devemos honrar a Deus com aquilo que produzimos, com integridade – ‘Dai a César o que é de César e a Deus o que é de Deus’ (Mc. 12:17) e com alegria e gratidão. 

II – A PRÁTICA DA DEDICAÇÃO NO TRABALHO 
Há um ditado popular que diz: ‘O trabalho enobrece o homem’. Certamente, isto exclui atividades ilícitas como tráfico de drogas, prostituição, etc. (Pv. 12:12). A maneira bíblica de termos o nosso sustento é trabalhando dignamente (2 Ts. 3:10-12). Há duas atitudes em relação ao trabalho (Pv. 6:6-11; 12:27). 1. Diligência (Pv. 6:6-8). Este texto nos fala ainda de inteligência, integridade e iniciativa. Estas são as atitudes que Deus valoriza e quer ver reproduzidas em nosso caráter. As vantagens: a) crescimento na carreira profissional, com promoções e cargos melhores (Pv. 12:24). b) uma pessoa aplicada no seu trabalho, que não vive de sonhos e desejos distantes, alcança satisfação dos seus anseios (Pv. 13:4). 2. Preguiça (Pv. 6:9-11; 26:13-16; 28:19). Encontramos algumas pessoas com tanta indisposição que nos fazem lembrar aquele personagem de desenho animado resmungando: “ó dia, ó vida, ó azar...” Vivem dando desculpas absurdas (um leão no caminho), não se esforçam (o máximo que fazem é virar-se na cama), e não tem iniciativa (esperam que coloquem comida na sua boca). As consequências: a) para si próprio: passa fome (19:15), sofre a vontade de ter sem nunca conseguir (13:4; 21:25), perde o que tem (10:4; 20:13), está sujeito a trabalhos menos recompensados e que exigem maior esforço físico (12:24). b) para os outros: quem trabalha com o preguiçoso não o suporta, nem mesmo a sua família (10:5,26). 

III – A PRÁTICA DA INTEGRIDADE E HONESTIDADE 
Pv. 6:6-8 
     Dizem que o autor de Sherlock Holmes, certa ocasião, escreveu um bilhete para oito de seus amigos, e era só uma brincadeira. O bilhete dizia: ‘tudo foi descoberto. Fuja rapidamente’. Em menos de vinte e quatro horas, seis deles haviam fugido do país. Se você recebesse um bilhete como esse no seu trabalho, o que faria? É possível encontrarmos pessoas dispostas a sacrificar coisas importantes como consciência limpa e o bom nome, colocando-se numa condição suspeita e de risco. Isto acontece porque possuem uma perspectiva errada dos valores de Deus (11:1; 16:11). Alguns fazem uma paráfrase e dizem: ‘fé, fé, negócios à parte’. Essa dualidade não é admissível na vida cristã. Alguém pode contra-argumentar: “Você não conhece a realidade do nosso país... Não sabe quanto é cobrado de imposto... Nem como administrar um trabalhador... Não dá para agir como a Bíblia diz”. Creia que o Deus a quem servimos é verdadeiro, poderoso, e que vale a pena viver dentro da Sua vontade (11:18). 
IV – A PRÁTICA DA ADAPTAÇÃO 
Pv. 21:17; 23:20-21 
     É possível que você esteja entre aqueles que nos últimos dois anos continuam ganhando quase a mesma coisa, e se tudo subiu de preço você não pode ter o mesmo padrão de vida. É preciso adaptar-se aos novos tempos rapidamente. Disponha-se a ‘apertar o cinto’. 1. Confie na provisão de Deus para aquilo que é básico (10:3; Mt. 6:25). 2. Contente-se com o que Deus lhe dá (Pv. 30:7-9; Fp. 4:11-12; I Tm. 6:7-8). Caso você não observe isso, correrá o risco de transgredir o próximo princípio. 
V – A PRÁTICA DO NÃO ÀS DIVIDAS 
Pv. 22:7 
     O mercado produz e tenta convencê-lo: ‘Você tem de comprar. Faça em 12 vezes sem juros. Alguns recebem uma carta dizendo que são clientes preferenciais. É ordem do Senhor não devermos cousa alguma a ninguém, exceto o amor (Rm. 13:8). As dívidas desgastam nossas emoções, nosso tempo, nossa família, nossa vida espiritual (II Rs. 4:1-7). Por isso: 1. Evite financiamentos e empréstimos, especialmente para bens de consumo (18:9). Hoje, se você financia um bem em 12 vezes, você paga em média 70% a mais do que ele vale. Em outras palavras, está jogando dinheiro fora. Os financiamentos para compra de imóvel e de bens duráveis devem ser analisados criteriosamente e submetidos a Deus, em oração. 2. Evite cartões de crédito. O pastor batista, Vernie Russel Jr., de Norfolk (EUA), disse que o cristão não pode servir ao Master (Senhor) e ao Mastercard ao mesmo tempo. Cuidado com os seus cartões de crédito (ou de dívida?). Se você não consegue conviver bem com eles, é melhor não tê-los. 
VI - A PRÁTICA DO PLANEJAMENTO 
Pv. 21:5; Lc. 14:28-30 
     Se você não planejar o uso do seu dinheiro e gastar conforme seus impulsos, terá problemas. Se estiver endividado, sair dessa situação começa com um bom planejamento. Em seguida, coloque-se diante do Senhor com o propósito de não contrair mais dívidas e ore por isso. Se necessário, procure ajuda do seu pastor ou de sua liderança na execução do seu planejamento. 

VII - A PRÁTICA DO QUE É NECESSÁRIO 
     Antes de comprar, faça algumas perguntas a si mesmo. . Eu realmente necessito do que estão me oferecendo? . O uso justifica a compra? . Tenho condições de pagar? . Como esse bem me ajuda a cumprir os propósitos de Deus para a minha vida? . Se eu não comprar, o propósito dEle estará prejudicado? Não ame e nem valorize as coisas que lhe são oferecidas como necessárias para que você tenha apenas prazer e conforto. Para pensar: Consumir de propósito ou consumir com propósito? 

VIII - A PRÁTICA DA POUPANÇA E DO INVESTIMENTO 
        1. Visando tempos difíceis (Pv. 30:25). 
      2. Para ter o que dar não somente aos seus filhos, mas também aos seus netos (13:22; 19:14). 
     3. Deus nos administrará a Sua graça com generosidade, à medida que formos generosos (19:17); 22:9; 28:27; Lc. 6:38). Isso não significa distribuir dinheiro indiscriminadamente, para qualquer um que pede, mas “informa-se o justo da causa dos pobres...” (29:7).

CONCLUSÃO: David Livingstone afirmou: ‘Não darei valor a qualquer coisa que possua, a não ser à luz do relacionamento com o reino de Deus. Utilizarei tudo o que possuir para promover a glória daquele a quem devo toda a minha esperança no tempo e na eternidade’.

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