15.4.11

FAÇAMOS UM MINUTO DE SILÊNCIO!!!

            Estava em uma conversa com um companheiro, irmão em Cristo, e ele fez menção de um minuto de silêncio que por alguma causa haviam pedido em algum lugar. Foi então que percebi a importância de um minuto de silêncio, sua ineficácia e sua falta de propósito. Um minuto de silêncio é tão importante para o nada que, ao invés de fazer os sessenta segundos conforme fala, alguns fazem 18 segundos como constatei quando um juiz de futebol assim determinou. É tão vazio o objetivo desse ‘um minuto de silêncio’ que os torcedores que estão no estádio quando escutam o apito do juiz, pensam que o jogo vai começar e os jogadores continuam ali imobilizados pelo um minuto de silêncio, levando a torcida a uma inquietação ainda maior.
            Em memória de quem? Essa é uma pergunta que fica estridente dentro da gente. O falecido podia ser uma pessoa amada de alguns e odiada por outros. Até ai tudo bem; mas, quando o falecido era uma pessoa muito querida; esse minuto de silêncio não faz a dor da separação ficar ainda mais acentuada? Será que esse minuto de silencio não foi criado para trazer a lembrança a memória daquela pessoa que se foi e mexer ainda mais com os sentimentos das que ficaram? Tem algum objetivo esse tal um minuto de silencio? Quem continua vivo nunca vai esquecer o recém-falecido!
            Estamos repensando algumas atitudes, coisas, comportamentos, porque está na hora de nos libertarmos da xerocadora que existe em cada um de nós. É um tanto de movimentos, ações e atitudes copiadas que tem coisa que a gente faz que nem sabemos o porquê. É igual algumas palavras que falamos, aqueles sinais que fazíamos quando passávamos em frente aquela igreja (que a mamãe nos obrigava) nos tempos de infância e coisas bem papagaiadas que não passam de repetições viciadas e escoladas pelas tradições.  
            Fiquei pensando que esse minuto de silêncio também é para mostrarmos para as pessoas que também estamos comovidos com as suas tragédias e que estamos participando das mesmas mesmo estando longe. Então, para dar um tom ainda mais comovente, ficamos com a voz meio embargada, e soltamos umas lágrimas (que lá na nossa região chamavam de ‘lagrimas de jacaré’). As pessoas ao nosso redor percebem quando queremos dar uma atenção especial a algum fato, ou quando apenas precisamos nos pronunciar porque somos autoridades. Mera hipocrisia! É hora de repensarmos se algumas tragédias precisam mesmo de um minuto de silêncio, ou se seria hora de tirarmos o silencio que existe dentro de quem deveria se pronunciar antes da tragédia.
            Tem muita gente boa vivendo uma vida de silencio quando deveria se pronunciar e se pronunciando quando deveria ficar em silencio; gente que tem bravata de sobra e promete muito, mas depois que deveria se pronunciar e fazer valer suas bravatas e promessas, ai fazem ‘um minuto de silêncio’, para não dizer: silenciam sepucralmente.
            Que Deus nos ajude não apostar nessa gente, mas nos faça viver longe das aparências dos que só se preocupam em aparecer com segundos fins!
                                                                                              Pr. Isac

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