10.3.11

                   Cochilo Restaurador Celestial


Num dia desses passei pela casa de um grande amigo (grande em todos os sentidos) para acertarmos algumas combinações dessas que a gente sempre tem com os mais chegados. Havíamos combinado uma saída e conforme combinado, ele entrou no veículo e começou a confabular alguns acontecimentos recentes, aqueles que a gente joga conversa fora e vai terapeuticando a alma, desentulhando as emoções, essas conversas de amigos.
Esse amigo tem uma característica muito peculiar e isso me fascinou; desde quando o conheci, nunca vi esse amigo enroscar com qualquer coisa; parece aquela linguagem do irmão Paulo: ‘Não se embaraça com os negócios dessa vida’. Sempre resolveu tudo que vem à mão dele. Amigo sempre pronto; mas ele me contou umas coisas que me deixaram meio encafifado; conversas que amigos não gostam muito de ouvir, não pelo conteúdo, mas pelo resultado.
         Ele começou abrir a história do seu passado recente e disse: (e por uma questão de amizade mesmo vou preservar a identidade dele), “acabei de almoçar e sentei-me no sofá para assistir o jornal e ali fiquei pensando na família (disse: netos, filhos, parentes). E naquele momento fui apagando, apagando e fui subindo, subindo, e aquela viagem estava tão boa que eu nem queria voltar mais.
         Cá com meus botões pensei: esse companheiro está querendo ir primeiro!!! Mas a maneira como ele contou o fato foi tão tranqüilizante que se pudesse pegaria uma carona.
         Doce cochilo! Quem dera se tornar realidade!
         Em meio a tantas desventuras e dissabores, um cochilo celestial é mesmo um privilégio.
         Vai devagar amigo, sem perder a esperança; nós que ficarmos, continuaremos sonhando assim.
         Um grande e esperançoso abraço!
  

                                                                                                                         Isac 

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